Depois de ampliar o limite da aquisição de imóveis via FGTS, o governo federal agora quer aumentar o teto da renda mensal de famílias para se enquadrar no programa Minha Casa Minha Vida.

A ideia é subir de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil o limite da faixa 3 do sistema de financiamento popular. Os valores dos imóveis também devem aumentar em torno de R$ 25 mil, fazendo com que o preço máximo das unidades do programa ultrapasse os atuais R$225 mil para R$ 250 mil nas Regiões Metropolitanas de Rio, São Paulo e Distrito Federal (DF).

Em contrapartida, o governo pensa em aumentar os juros cobrados nos financiamentos do programa: para as famílias com renda de R$ 9 mil, a taxa deve ser de 8,16% para 9% ao ano, cobrados para a faixa 3.

Mesmo com aumento dos juros, as taxas continuarão mais atrativas do que as dos empréstimos para compra de imóveis via Sistema Financeiro Habitacional (SFH), que variam entre 11% e 13% ao ano.

O vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi-Rio), Leonardo Schneider, acredita que a medida vai ajudar a reaquecer o mercado imobiliário. “A ampliação do programa mostra a disposição do governo em resolver o problema habitacional no país”, analisa.

Os detalhes dessa mudança devem ser fechados nesta semana.

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