A construção civil almeja reajuste de 12,8%, índice que ultrapassa a inflação (6,4%) e dá ganho real para a categoria, apesar do cenário de retração, com demissões que puxaram para baixo a criação de empregos no Estado do Mato Grosso do Sul. “No ano passado, conseguimos 8%. Agora, os 12,8% é para ficar mais próximo dos outros Estados”, afirma o presidente do Sintracom/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha Neto.
Caso o reajuste venha conforme o solicitado, o piso salarial para pedreiro, por exemplo, aumenta de R$ 1.085 para R$ 1.223,88. A categoria, cuja data base é 1° de março, convocou assembleia para o dia 30 de janeiro. Na pauta, estão o reajuste salarial, autorização para ajuizar dissídio coletivo, firmar acordo ou deflagrar greve, ou seja, todos desdobramentos possíveis para a futura negociação.
Com pedido de reajuste superior a 12%, o Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Imobiliário, Cerâmica e Montagem de Três Lagoas) também fará assembleia no dia 30 de janeiro.
No fim do ano passado, somente a UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), fábrica da Petrobras, demitiu mais de duas mil pessoas. Entretanto, o plano é que a construção retome o fôlego na cidade. “Há expectativa de começar outras obras, abrir mais vagas. No segundo semestre, deverão retornar as obras da fertilizante”, diz o presidente do sindicato, Aldenisio Santos Sales. Na previsão do sindicalista, também entram a expansão da Eldorado e da Cargill, além da obra do Hospital Regional em Três Lagoas e uma fábrica de compensado em Água Clara.
Fonte: Campo Grande Notícias