A desaceleração nos negócios, após o boom de 2010, tem aprofundado o pessimismo de empresários da construção civil, mas entre os que atuam no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no Minha Casa Minha Vida (MCMV) o clima é de otimismo, com perspectivas positivas para a manutenção e até crescimento no volume de obras em 2015. É o que revela a Sondagem Especial elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). Embora historicamente em patamares baixos, isto é, inferior a 100 pontos, o que aponta para uma tendência maior ao pessimismo, o índice de Confiança da Construção entre empresas que não atuam nos programas governamentais está em 95,5 pontos, inferior aos 98,6 pontos dos que atuam no PAC e aos 99,7 pontos do MCMV. Mesmo considerando que ambos os programas não atingem a maior parte das empresas de construção – o PAC engloba 43,1% e o MCMV, 29% das que participaram da pesquisa –, o economista da FGV, Itaiguara Bezerra, avalia que os dados confirmam que os empresários estão confiantes na continuidade dos projetos. O ritmo melhor, porém ainda morno, dos negócios aparece no quesito emprego. Tanto os empresários que atuam nos programas federais, quanto os que estão fora vão manter estável o quadro de pessoal nos próximos três meses. Entre os que atuam no PAC, 18,2% dizem que irão contratar mais; no MCMV, o percentual foi de 18,4 %. A pesquisa da FGV ouviu 689 empresas, sendo 257 ligadas ao PAC e 190 ao MCMV.
Fonte: Brasil Econômico.