Dados da Sondagem da Construção, divulgados nesta terça-feira (28/07) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam que após registrar leve alta em junho, o Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 4,7% em julho, alcançando 70,2 pontos e representando o pior resultado da série iniciada em julho de 2010. No ano, o indicador acumula queda de 26,5%.

Os dados acompanham também a queda de empregos no setor. Uma Pesquisa de Emprego realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), em parceria também com a FGV, com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego, revela que o nível de emprego na construção civil registrou queda de 8,8% no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o levantamento do ICST, ocasionaram a queda do índice os movimentos desfavoráveis das avaliações sobre o estado atual dos negócios e as expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA-CT) recuou 1,2% em julho, na comparação com junho, alcançando 56,6 pontos. A maior contribuição para a queda foi a do indicador que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, que declinou 3,7% em relação ao mês anterior.

Quanto ao Índice de Expectativas (IE-CST), registrou queda de 7,0% em julho, alcançando 83,7 pontos. Em junho, o indicador havia avançado 3,0%. A Sondagem indica que a queda do IE-CST foi influenciada pela análise das perspectivas do mercado em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes, que recuou 9,1% em julho e atingiu 87,6 pontos.

Desemprego

Em 12 meses, o saldo líquido negativo alcançou 383,8 mil postos de trabalho, em razão da redução da atividade econômica brasileira. Apenas em junho o recuo foi de 1,04% na comparação com maio, desconsiderando os fatores sazonais. A quantidade de trabalhadores com carteira em junho era de 3,16 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2014, o estoque de trabalhadores com carteira na construção está 10,82% menor.