A eficiência energética nas indústrias cerâmicas foi tema de um apalestra apresentada pelo Senai/PR, na sede do Sindicer/PR, em julho. Os associados do sindicato puderam conhecer mais sobre o perfil de consumo de energia das fábricas para identificar como o recurso pode ser utilizado de melhor maneira, visando o aumento da produção ou redução de custos. Além disto, os industriais receberam informações sobre eficiência energética, o que pode ajudar os ceramistas a identificar como otimizar o uso da energia.
Segundo André Fiuza, do Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, que conduziu a apresentação no Sindicer/PR, cerca de 90% do total de energia elétrica utilizada em uma indústria de cerâmica vermelha está relacionada com a força motriz dos equipamentos e apenas 10% é aplicado na iluminação do espaço. Por isto, não adianta agir apenas com troca de lâmpadas e instalação de sensores, por exemplo. Para ocorrer a redução do desperdício, é preciso verificar de perto o consumo na área de produção.
Fiuza ainda explicou aos ceramistas o atual panorama do setor energético brasileiro. De acordo com ele, o sistema de bandeiras na tarifa de energia, que começou a ser aplicado em janeiro de 2015, já vinha sendo informado aos consumidores desde 2013. Com os problemas nos reservatórios, diante da escassez de chuva, as termoelétricas foram acionadas para não afetar o fornecimento de energia.
No entanto, este tipo de geração possui um custo maior. “O acionamento térmico deve continuar ocorrendo em 2015 e 2016, seguindo o perfil de 2014. Os níveis dos reservatórios devem se recuperar apenas em 2017”, explicou Fiuza. Os industriais e demais consumidores estão sendo impactados por uma série de aumentos na tarifa de energia, desde 2012. Por isto, otimizar o uso da energia se faz necessário para que não haja ainda mais consequências negativas ao setor produtivo.