A inflação da construção civil ficou em 0,69% em julho deste ano, 0,04 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,73%). O custo do metro quadrado passou, em média, para R$ 948,47. Em junho, o valor havia fechado em R$ 942, segundo dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Em 12 meses, a taxa de inflação acumulada no setor é 5,77%, ficando acima dos 5,66% registrados nos 12 meses anteriores. A mão de obra está 0,87% mais cara, passando a custar R$ 438,63 por metro quadrado, enquanto a inflação para os materiais de construção chegou a 0,53%. O metro quadrado dos materiais passou a custar R$ 509,84. Os estados que registraram os maiores aumentos do custo da construção em julho foram Ceará (3,26%), Distrito Federal (3,17%), Tocantins (2,39%) e Rio Grande do Sul (2,24%).
Com os efeitos recentes da crise econômica do país, o Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo reviu as contas para este ano e cravou: haverá redução de 7% do PIB do setor em 2015. O corte de verbas do governo federal, que atingiu os programas de construção de casas populares, piorou a situação econômica do país. As projeções do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o PIB do Brasil, que apontam retração um pouco superior a 2% neste ano, foi mais um baque para os otimistas.
Outro número que fez o sindicato rever para baixo seus números foram os empregos no segmento. Foram 157 mil demissões, o que totaliza 10,3% da mão de obra do Brasil. A estimativa é que o ano seja encerrado com corte de 480 mil empregos em relação ao ano de 2014.