A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) firmaram, nesta quinta-feira (10), em Curitiba, um termo de cooperação técnica para fomentar projetos de eficiência energética no setor industrial paranaense. A assinatura ocorreu na abertura do seminário “Redução do Custo de Energia – Alternativas para o Setor Industrial”, promovido pela Fiep, em que foram apresentadas tecnologias e soluções práticas que podem ser adotadas pelas empresas.

“Nesse processo de investir em fontes alternativas de energia, estamos atrasados em relação a outros países e até outros estados, que têm feito um trabalho muito mais forte nessa área”, afirmou o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, na abertura do evento. “Preocupados com o alto custo da energia atualmente, o industrial e o empresário têm sentido a necessidade de investir em fontes alternativas. A Fiep, de forma proativa, procurou parceiros para que possamos levar informações e compartilhar soluções para redução de custos e obtenção de novas tecnologias”, completou.

Uma das primeiras ações da parceria entre Fiep e BRDE é a divulgação de uma linha de crédito do banco específica para projetos envolvendo eficiência energética e geração de energias renováveis. O programa BRDE Energia conta com repasses de BNDES e da Finep, além de uma linha no valor de R$ 60 milhões, com recursos próprios do banco regional.

Pelo termo de cooperação técnica, o Sistema Fiep orientará os empresários sobre as condições de financiamento previstas no programa BRDE Energia e a documentação necessária para o processo. Também indicará ofertas de serviços técnicos relacionados a eficiência energética que integrarão o dossiê necessário para protocolo dos projetos junto ao BRDE.

A linha de crédito pode ser acessada por empresas, propriedades rurais, entidades públicas e demais instituições. O projeto deve detalhar o conjunto de ações e metas que devem contribuir para a redução do desperdício e racionalização no uso de energia. Entre outros itens, poderão ser financiadas pesquisas e desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços; modernização ou adequação das instalações produtivas ou comerciais visando proporcionar maior eficiência energética; aquisição de softwares e serviços; e aquisição de máquinas e equipamentos com melhor desempenho energético.

Além da apresentação do BRDE Energia, o seminário desta quinta-feira expôs soluções para o uso mais racional de energia pela indústria. Especialistas e representantes de empresas ligadas à área debateram questões como o mercado livre de fornecimento de energia, sistemas para aumentar a eficiência energética das empresas e para geração por fontes alternativas.