Neste ano, a energia ficou mais cara no Brasil. Para a indústria, isso é um grande problema, já que o custo de produção aumenta. Para manter os preços competitivos, empresários de Santa Catarina investem em tecnologia para aumentar a eficiência energética. Donos das fábricas de cerâmica vermelha do sul catarinense buscam diminuir o custo de produção.

Até o ano passado, a conta de energia elétrica na cerâmica do empresário Axcel Gietner, em Morro da Fumaça,  era de cerca de R$ 9 mil por mês. Porém, atualmente chega aos R$ 20 mil. Isso sem falar no custo da energia térmica que alimenta o forno. As duas juntas representam 30% do custo de produção. Para continuar competitivo no mercado, o dono implanta algumas medidas para reduzir essa conta. “No preço de mercado, a gente não pode mexer. A única alternativa é reduzir custos”, diz o empresário.

Medidas
No galpão, telhas transparentes facilitam a passagem da luz natural. O calor do forno é reaproveitado no secador. As antigas portas de madeira foram trocadas por outras de metal.

Até o final do ano, a empresa deve investir quase R$ 1 milhão em equipamentos novos. O empresário recebeu assessoria do projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, uma parceria da Anicer e do Sebrae, que tem um programa de  Inovação Tecnológica desenvolvido em 15 cerâmicas da região. Dentre as ações desta consultoria, está a proposta de alteração e melhorias para aumentar a produtividade da empresa e evitar os desperdícios, como o aproveitamento do calor do forno para a secagem e uso de equipamentos modernos, proporcionando também uma gestão eficiente da energia.

O investimento nesse conjunto de ações pode garantir uma economia de 10% no custo da energia. Mas Gietner é ainda mais otimista: “Se a gente conseguir fazer tudo o que tem planejado, a gente vai conseguir reduzir 30% do custo de energia elétrica e térmica”.