A 10ª edição do Encontro Nacional da Indústria – ENAI foi realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2015, com o tema: “Brasil: ajuste e correção de rota”. Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) desde 2006, o evento reuniu no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília (DF), aproximadamente dois mil participantes, entre líderes empresariais, entidades de representação da indústria de todos os segmentos e estados brasileiros e personalidades políticas. A Anicer marcou presença através do seu presidente Cesar Gonçalves, do diretor de Relações Institucionais Luis Lima e dos 2º vice-presidentes Ednilson Caniçali (Sindicer/ES), João Neto (Sindicer/PB), Jorge Ritter (Sindicer/RS), José Djalma Rocha (Sindicer/AL), Sandro Santos (Sindicer/AM) e Waldyr de Moraes Junior (Sindicer/PI). Também participaram do evento os empresários da indústria cerâmica, José Abílio Guimarães Primo (SE) e Francisco Xavier de Andrade (PB).
Na oportunidade, o ENAI promoveu discussões de como a indústria e o Brasil podem atuar em possíveis correções de rumo para melhorar a competitividade da indústria e da economia. Segundo o professor associado da Fundação Getúlio Vargas Rio (FGV), Silvio Meira, os processos de inovação são digitais e não há mais volta. “A internet digitalizou os negócios e as pessoas. Consequentemente, afeta as formas de articulação sindical”, disse. O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e também do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas (COMPEM) da CNI, Amaro Sales, reiterou o papel das federações e sindicatos em trabalhar para facilitar a vida dos empresários. “Inovação é isso. Buscarmos a eficiência e a melhora no ambiente de negócios. Inovação vem com pessoas e com formas de gestão”, disse.
A Carta da Indústria apresentada no 10º Enai apontou as ações indispensáveis para o país voltar a crescer. Na visão dos empresários, os compromissos fundamentais são: ajuste macroeconômico; sustar iniciativas fiscais desequilibradoras; qualidade do ajuste fiscal; carga tributária; simplificação radical do ambiente de negócios e melhoria da qualidade regulatória; foco nas exportações; infraestrutura; e produtividade e inovação.
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton encerrou o 10º ENAI. Em tom mais otimista ao que o empresariado brasileiro está acostumado a ouvir em relação ao país, Clinton disse que preferiria estar na situação do Brasil que na de muitos países do mundo. Segundo ele, apesar da gravidade da crise, o cenário doméstico – resultado de duas décadas de avanços sociais e econômicos – é mais favorável que o de países que, por exemplo, enfrentam elevadas taxas de desemprego na população jovem, como a Grécia, ou atravessam uma guerra civil e a ameaça de um estado terrorista, como a Síria. Clinton pediu aos empresários brasileiros que olhem as conquistas sociais e econômicas dos últimos 25 anos e prevê que, em cinco anos, a crise econômica e política do país terá sido superada.