Garantir a produtividade em meio ao cenário de crise hídrica e com o alto custo da energia elétrica é um desafio para a indústria. O tema foi debatido no Encontro Gestão Eficiente de Água e Energia, promovido pelo Sistema Firjan, em 26 de novembro, na sede da Federação. Especialistas apontaram soluções para o problema e empresas contaram como têm conseguido bons resultados com a gestão eficiente dos recursos.
O superintendente do Departamento de Meio Ambiente e Qualidade da Casa da Moeda, Marcos Pereira, contou que a empresa economizou mais de R$ 2 milhões, desde 2013, com sistemas de reúso de água. A empresa recebeu consultoria do Instituto Senai de Tecnologia Ambiental sobre a metodologia Produção Mais Limpa (P+L) e vem adotando diversas medidas. A empresa colocou em curso projetos de extração de águas subterrânea e de captação da chuva, e está em fase final da construção de uma estação de tratamento de recursos hídricos. “O potencial de economia é de até R$ 1,93 milhão por ano, somente com a tarifa de água”, explicou o superintendente.
O sócio da Marcial Energia, Paulo Marcial, ressaltou que os empresários devem priorizar a otimização de recursos como vantagem competitiva: “Para que possamos aumentar o lucro, temos que reduzir custos. A eficiência energética é um dos exemplos que pode impactar diretamente na redução dos custos”. O empresário, que é membro do Grupo de Trabalho do Programa de Eficiência Energética do Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado do Rio de Janeiro (Sindistal), explicou que o sindicato lançará em 2016 um software de avaliação de eficiência energética para que o empresário identifique de forma preliminar o que deve ser aprimorado na gestão.
Estudos técnicos
Especialista em Meio Ambiente da Firjan, Jorge Peron abordou aspectos do estudo “Diretrizes para o aumento da segurança hídrica na Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, elaborado em parceria com a Coppe/ UFRJ, que aponta a necessidade de ter fontes alternativas de água para a região. Já a especialista em Ambiente de Negócios e Infraestrutura da Federação, Tatiana Lauria, apresentou dados sobre o cenário energético e as perspectivas para a indústria.
Também participaram do evento a representante do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Cátia de Oliveira Siqueira, que detalhou as leis que regem as autorizações de reserva de recursos hídricos; e a empresa Gas Natural Fenosa, que apresentou seu programa de oferta de energia a gás como alternativa ao sistema e fonte mais barata. O evento fechou o 3º Ciclo de Palestras em Gestão Ambiental para Micro e Pequenas Empresas.
Fonte: Firjan