O financiamento para imóveis populares avaliados em até R$ 225 mil deve crescer até 30% em 2016. As projeções são da própria Caixa Econômica Federal (CEF) e foram divulgadas recentemente pelo diretor-executivo de Habitação da instituição, Teotonio Rezende.

A previsão tem como base a demanda da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida. Nesta quinta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff afirmou, durante a inauguração da Via Mangue no Recife (PE), que o MCMV3 sairá ainda este ano.

Para o vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury, a estimativa é plausível. “Apesar da demora no lançamento do MCMV3, eles estão cumprindo o que foi prometido. Temos de considerar que as faixas 2 e 3 da terceira etapa do programa já estão rodando, a instrução normativa foi publicada e as contratações começaram na semana passada. Agora falta apenas as faixas 1,5 e 1 – Entidades”, complementa.

Segundo Cury, no ano passado foram contratadas 350 mil unidades pelo programa. A expectativa do governo é que sejam contratadas 430 mil unidades neste ano.

Um dos fatores que deve contribuir para esse aumento é a criação da faixa 1,5 para atender um número maior de pessoas de baixa renda com capacidade para financiar imóvel e que não foram contempladas anteriormente. As contratações para essa nova faixa ainda dependem de instrução normativa do Ministério das Cidades.

O segmento também deve contar com outros dois impulsos: a elevação do limite de renda mensal dos beneficiários do MCMV de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil e os valores máximos dos imóveis das faixas 2 e 3 foram reajustados de acordo com cada região do País, variando de R$ 90 mil a R$ 225 mil. De acordo com a CEF, 60% dos 6,5 milhões de simulações de crédito imobiliário realizadas mensalmente no site do banco são para imóveis de até R$ 200 mil.

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