O setor da construção quer que o governo use a totalidade dos R$ 22,7 bilhões que foram pagos ao FGTS pelas pedaladas no fim de 2015 para estimular financiamentos imobiliários. Impactado pela fuga de recursos da poupança, o crédito imobiliário ficou mais caro e restritivo no ano passado. Outra opção seria usar esses recursos – ou uma parcela – para incrementar o fundo de investimento formado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FI-FGTS.
Representantes do setor se reuniram ontem (20), com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, para discutir uma pauta prioritária para a construção, que costuma responder rápido aos incentivos. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pediu à Caixa que estude formas de usar os recursos que foram pagos ao FGTS pela dívida para melhorar o foco do crédito direcionado.
Uma das principais preocupações do setor que foram levadas ao secretário é uma alternativa para a formação de uma fonte para financiamentos imobiliários, tendo em vista a sangria de recursos da poupança em 2015 – nos 11 primeiros meses do ano, os saques superaram os depósitos em mais de R$ 58 bilhões. No ano passado, a poupança perdeu atratividade, entre outros fatores, devido ao aumento da taxa básica de juros, que incentiva a migração dos investimentos financeiros para outros tipos de aplicação.
Além do pagamento dos atrasados – em torno de R$ 7 bilhões – de obras públicas, o setor vai pedir o apoio do governo federal para estimular obras menores por parte de Estados e municípios.
Fonte: Agência Estado