A Avaliação de Ciclo de Vida – ACV de Telhas Cerâmicas foi citada como referência em artigo de pesquisadores espanhóis publicado no Journal of Cleaner Production. Intitulado “Análise de eco-eficiência do ciclo de vida de paredes divisórias interiores: a comparação de soluções alternativas”, o texto foi produzido por Antonio Ferrandez-García, Valeria Ibáñez-Forés e María D. Bovea, do Departamento de Engenharia Mecânica e Construção, da Universidade de Jaime I, em Valência.
Esta é a segunda vez que a ACV de Telhas Cerâmicas é divulgada no Journal of Cleaner Production, que já tem mais de 25 anos de existência. Em 2015, depois de passar por um segundo processo de revisão científica, foi publicada a íntegra da pesquisa. Já o estudo sobre blocos deve ser publicado no periódico em setembro deste ano. Editado pela Elsevier, o Journal of Cleaner Production é considerado uma das publicações científicas mais prestigiadas internacionalmente na área de produção mais limpa e desenvolvimento sustentável, com alto fator de impacto.
Realizada pela empresa canadense Quantis, a Avaliação de Ciclo de Vida dos produtos cerâmicos teve como uma de suas colaboradoras a engenheira ambiental, Danielle de Maia Souza, além do professor Carlos Xavier como revisor. O trabalho encomendado pela Anicer aponta, dentre outras coisas, as vantagens ecológicas dos produtos cerâmicos em comparação aos equivalentes em concreto. O estudo revela que os produtos cerâmicos apresentam um desempenho ambiental superior ao dos concorrentes.
RESULTADOS – Entre as vantagens observadas nas telhas cerâmicas estão o consumo reduzido de água, melhor aproveitamento de recursos naturais não renováveis e menor emissão de gases do efeito estufa. Segundo a análise, o m² de cobertura cerâmica requer 72% menos água do que o m² de cobertura de concreto.
Com relação aos blocos cerâmicos, o estudo mostra que o m² de parede cerâmica requer 24% menos água do que o m² de parede de blocos de concreto e 7% menos que o m² da parede de concreto moldada in loco. Entretanto, o consumo de água no caso da parede cerâmica se deve exclusivamente à utilização de argamassa e não aos blocos.
A pesquisa, que durou aproximadamente um ano, teve os resultados divulgados entre os anos de 2011 (telhas) e 2012 (blocos). Foram considerados os impactos ambientais produzidos por telhas e blocos cerâmicos, desde o momento da extração da matéria-prima até o descarte final, levando em conta questões como uso de energia, emissões de poluentes no ar, retirada de água, contaminação de solo e águas, impacto nas mudanças climáticas e na saúde humana.