Empresários da Indústria da construção chegaram à conclusão de que o motivo das micro, pequenas e médias empresas do setor não conseguirem obter linhas de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) talvez seja pelo fato de a instituição não conhecer como funciona o negócio do setor. Em reunião na semana passada, na sede da Câmara Brasileira da Indústria Imobiliária (CBIC), os membros do Conselho de Administração da entidade decidiram pedir uma audiência com o presidente da instituição, Paulo Rabello de Castro, para tratar do assunto e esclarecer o funcionamento do setor, que precisa de crédito a longo prazo. “Uma das principais características da construção é o financiamento de longo prazo. Se não tiver crédito, o setor não funciona”, destacou o presidente da CBIC, José Carlos Martins, ao chefe do Departamento de Relacionamento Institucional e Gestão do Crédito Rural do BNDES, Carlos Alberto Vianna Costa, que participou da reunião e apresentou as linhas de produtos e as inovações do Banco, mais especificamente a do BNDES Giro.
Lançado em agosto deste ano, o BNDES Giro é destinado ao capital de giro das empresas e representa melhores condições de spread. “É a melhor opção de financiamento na política operacional do banco”, destacou Carlos Costa. Segundo o executivo, o programa possibilita aos agentes financeiros realizarem suas operações numa plataforma totalmente digitalizada, o que garante a redução do prazo de aprovação de alguns dias para apenas 3 segundos, e da remuneração do BNDES para 1,5%. Além disso, a liberação de recursos ocorre em D + 1. “A linha de financiamento sai do BNDES para os agentes financeiros com custo de TJLP + 1,5% + o spread de risco lançado pelo agente”, observou.
Já foram totalizadas, segundo ele, mais de 1 bilhão de operações aprovadas desde o seu lançamento. Só em setembro deste ano, os desembolsos do BNDES Giro totalizaram R$ 500 milhões, representando um crescimento de 116% em relação a agosto. No acumulado do ano, os desembolsos do programa cresceram 280%.
Fonte: Cbic