Por Juliana Meneses sob a supervisão de Manu Souza | Imagens: Guilherme Figueiredo

Foi realizada, no dia 13 de dezembro, a quarta e última Assembleia Geral Ordinária da Anicer, do ano de 2019, no Vera Gol Esporte e Lazer, em Outeiro das Pedras, Itaboraí (RJ). Na reunião, foram debatidos com os associados, diretores e ceramistas convidados de vários sindicatos, temas sobre o planejamento de projetos da gestão 2019-2022, o mercado de alvenaria estrutural e de vedação, status sobre a reunião de telhas da ABNT e trâmites para revisão da Norma Técnica, além de assuntos gerais sobre o setor. Foi anunciada também a participação da Anicer no Fórum Nacional da CNI, em Brasília.

O presidente da Anicer, Natel Moraes, destacou sobre a expectativa de retomada da economia para o ano de 2020 no setor de construção, os desafios que serão enfrentados e as ações da Anicer para auxiliar o setor de cerâmica vermelha, incluindo a importância da padronização dos produtos para fazer frente competitiva no mercado de construção civil. “O Brasil tem dado sinais de crescimento e a minha preocupação é qual será a nossa participação no crescimento do país em 2020. O setor vai ser do tamanho que quisermos”.

O superintendente do Comitê Brasileiro de Cerâmica Vermelha, Sandro Silveira, falou sobre a importância da padronização das telhas cerâmicas e explicou o que foi discutido na reunião de telhas, que ocorreu no dia 12 de novembro, em São Paulo. “Discutimos qual o formato dessas telhas e os fabricantes ficaram de nos apresentar produtos para vermos qual terá melhor desempenho para escolhermos, essa é uma decisão que nós temos que tomar, então a responsabilidade é de todos” e ressaltou, “A telha padrão tem que passar no teste de desempenho para se destacar diante do concorrente”.

Silveira apresentou ainda questões técnicas sobre o segmento do mercado de alvenaria dos blocos cerâmicos. Para ele é necessário que se esteja atento às ameaças, tanto de concorrência como de fatores que podem ser impeditivos para o progresso do setor. “Cada um defende o seu mercado, quando você leva isso para o mercado, o resultado é imediato”.

O programa Minha Casa, Minha Vida é um dos maiores fomentos da construção civil hoje, de acordo com dados da FGV, a arrecadação do programa MCMV arrecadou R$105,6 bilhões em tributos no último ano. Mas a utilização de material concorrente na construção chega quase a 70% das obras do programa, o que é prejudicial para o setor cerâmico.

A ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural), em parceria com a Anicer, desenvolveu uma recomendação técnica para o setor. Segundo Silveira, é necessário também uma geometria única de bloco cerâmico modular e para a telha padrão, o que será um fator para aumentar a competitividade dos produtos.

O ceramista, Osiel Crespo Filho, falou sobre a importância da união e da participação dos ceramistas na associação e no sindicato. “Em 2017 e 2018, o sindicato de Campos dos Goytacazes fez um trabalho para tentar regular o mercado, a maior resistência que tivemos foi das grandes empresas, e hoje, não tem mercado para ninguém. O sindicato de Campos tem um departamento jurídico e um plano de assistência médica para os funcionários, mas isso só existe porque temos associados, por isso é importante ter associados, para ter caixa. Com a arrecadação, você precisa ter um grupo forte te dando respaldo”.

O tesoureiro da Anicer e presidente do Sindicato do Rio de Janeiro, Edézio Menon, destacou também a importância da união para viabilizar ações para o setor.

Estiveram presentes na mesa o presidente da Anicer, Natel Moraes, o tesoureiro Edézio Menon, o presidente do Sindicato do Sul Fluminense, Henrique Nora e o conselheiro fiscal e presidente do Sindicato de Campos dos Goytacazes, Oziel Crespo Filho.