O Brasil pode crescer 3% em 2021, se houver o retorno da atividade econômica em maio, com a redução de medidas restritivas de isolamento social e o controle da pandemia. A previsão é da CNI, a Confederação Nacional da Indústria.

Em informe divulgado nesta segunda-feira (22), a instituição também traçou outros dois cenários que analisam a conjuntura do país no primeiro trimestre do ano. Em um cenário otimista, mas menos provável, o PIB, o Produto Interno Bruto, vai crescer 4,5%. Para isso, as medidas adotadas para desafogar o sistema de saúde teriam que ser suficientes já ao fim de abril. A superação da segunda onda permitiria o avanço de reformas como a tributária.

Já o cenário pessimista da CNI considera a piora da situação sanitária nas próximas semanas, com novas medidas de isolamento social em março e abril, o que faria com que a recuperação econômica só tivesse início no final de maio.

A CNI também avalia que, com a segunda onda da covid-19, o país vai assistir à interrupção do processo de recuperação do emprego, que vinha acontecendo desde o segundo semestre do ano passado. Com a recuperação da atividade econômica em maio, o efeito sobre o emprego vai ser sentido entre o final do primeiro semestre e início do semestre que vem. A Confederação Nacional da Indústria aponta, ainda, taxa de desocupação média de 14,6% em 2021, superior aos 13,5% na média de 2020. 

O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria, Renato da Fonseca, explica que o controle da pandemia de covid-19 é o fator que vai determinar o cenário econômico que o país terá pela frente.

Fonte: Agência Brasil