Uma pesquisa realizada pela Comissão de Políticas de Relações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e publicada no dia 27 de janeiro mostrou como o avanço da ômicron e da influenza vem impactando a indústria da construção. De acordo com o estudo, 80,8% das empresas do setor foram impactadas pela nova onda de Covid-19 ou Influenza desde o fim de 2021.
De acordo com o presidente da Comissão, Fernando Guedes, existe uma tendência neste momento de aumento de casos em todo o país que é sentido em todos os setores da economia. Com a construção civil não poderia ser diferente “Acontece não somente na empresa, mas na população em geral. E isso, de alguma forma, acaba impactando o setor mesmo”, declarou Guedes.
Para diagnosticar a incidência das duas doenças nos canteiros de obras e os impactos no setor, a pesquisa contou com a participação de 482 empresas de todo o país. Segundo o levantamento, no último mês, 43,36% das empresas identificaram casos de Covid-19 e Influenza; 30,8% registraram casos de Covid-19; 10,58% identificaram casos de Influenza na empresa e 15,98% não identificaram nenhum caso das doenças.
Por causa dessa situação, 86% das empresas declararam que tiveram afastamentos nos canteiros de obra por infecção; 68% dos entrevistados disseram ter funcionários afastados do escritório por infecção; e 32% declararam ter pedidos para trabalho em home office. Houve atraso no cronograma das obras de 59,54% das empresas que responderam à pesquisa em função dos afastamentos dos trabalhadores por Covid-19 e/ou Influenza.
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o cenário surpreende, mas de uma forma geral não deve afetar os prazos de entrega. “Teremos tempo para ajustar. São cronogramas maiores que podem ser facilmente adaptados”, disse.
Sobre a testagem dos seus funcionários, 58,30% das empresas disseram fornecer ou exigir teste de Covid-19 e 51,24% exigem comprovação de vacinação completa.
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