O Sebrae e a Fundação Getulio Vargas (FGV) realizaram, em novembro de 2021, a 13ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios. Divulgada recentemente no portal do Sebrae, a pesquisa mostra que o número de microempreendedores individuais (MEI) e de micro e pequenas empresas que comercializam seus produtos pela internet continua aumentando, mesmo com a queda nas medidas restritivas adotadas pelos governos estaduais e municipais devido à pandemia de coronavírus.
Quando a pesquisa começou a ser realizada, em maio de 2020, 59% dos donos de pequenos negócios atuavam com o comércio eletrônico. Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a digitalização das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores individuais foi acelerada pela pandemia. “Essa é uma realidade que veio para ficar e, mesmo com a reabertura, a busca por canais digitais continua sendo intensa pelos empreendedores que agora estão com a missão de aliar as vendas virtuais com as presenciais”, comentou Melles.
No recorte por sexo, a pesquisa mostrou que as mulheres são as que mais digitalizaram seus negócios. A cada dez empreendedoras, oito estão no comércio eletrônico. Entre os homens, essa proporção está em sete a cada dez. Já na análise feita por porte empresarial, os MEIs ganham destaque como os mais atuantes, com 76% deles vendendo pela internet contra 72% dos donos de micro e pequenas empresas.
Entre as plataformas pesquisadas, a mais utilizada para vendas é o Whatsapp, sendo adotada por 84% dos pequenos negócios que comercializam eletronicamente. Na sequência vem o Instagram com 51% e Facebook com 42%. Apenas 14% desses negócios possuem loja virtual própria e outros 6% utilizam aplicativos como Ifood, Rappi e UberEats. Plataformas de Marketplace como OLX, Mercado Livre e Magalu abarcam menos de 7% dos empreendedores.