Dados no Novo Caged mostram que, em outubro deste ano, o setor da construção foi responsável pela geração de 5.348 novos postos de trabalho. A informação foi divulgada pelo Ministério do Trabalho e Previdência e o cálculo é resultado da diferença das 174.681 admissões e 169.333 demissões.
Mesmo com a significativa quantidade de novos empregos, a média mensal entre janeiro e setembro de 2022 é superior a 30 mil novos postos de trabalho, o que mostra que o 10º mês sofreu queda na abertura das vagas.
Os três segmentos do setor registraram desaceleração no ritmo de novas contratações, o que é uma das causas dos números de outubro. A economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, afirma que o resultado já era esperado, mas considera que a redução do segmento de construção de edifícios, que respondeu apenas a 155 novos postos, foi surpreendente e pode ter relação com os momentos de incerteza do cenário do país.
Para os próximos meses, a tendência é que os números continuem sendo diferentes dos períodos anteriores. Ieda explica que, nos últimos meses do ano, o ritmo de vagas geradas pela construção sempre perde força, principalmente no mês de dezembro. Apesar da redução esperada para o último trimestre, a economista reitera que, no geral, o setor acumula resultados positivos. Entre janeiro e outubro, 288.517 novos postos de trabalho foram gerados no país.
