Integrantes do setor da construção civil entregaram ao governo de transição um documento com pautas consideradas prioritárias ao segmento. A entrega aconteceu na quarta-feira (7), durante o 95º Encontro Nacional da Indústria da Construção – ENIC, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em Brasília. De acordo com o presidente da câmara, José Carlos Martins, o objetivo é dobrar a participação do PIB da construção no PIB Nacional.
O documento aborda uma série de questões que deverão ser tratadas a longo prazo, como habitação de interesse social, sustentabilidade, saneamento básico e retomada de obras paralisadas. Ao todo, são 14 pautas que priorizam pontos importantes para o recém-criado grupo denominado Construção é +, formado por 12 organizações do setor: ABCIC, ABIVIDRO, ABRAFATI, ABRAINC, ABRAMAT, ABRAVIDRO, AFEAL, ANAMACO, ANFACER, ANICER, CBIC e DRYWALL.
O ENIC contou com a participação de representantes do atual governo, como o vice-presidente e senador eleito, Hamilton Mourão, e também do governo eleito, como o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Martins afirmou acreditar que a equipe comandada por Lula irá priorizar o setor em suas políticas públicas. Alckmin, então, respondeu que o próximo governo pretende garantir R$ 10 bilhões na Lei Orçamentária Anual (LOA) para investimentos no programa de construção de moradia para famílias de baixa renda.
O vice-presidente eleito ressaltou a importância de dar continuidade às obras já contratadas e colocar em canteiro as que estão compromissadas. “Isso é urgente porque é emprego na veia. Construção civil é emprego direto, é rápido, e é isso que nós estamos precisando: emprego e renda”, ressaltou Alckmin, que também descartou a possibilidade da volta do imposto sindical.
Integrante da equipe de transição na área de Cidades, Miriam Belchior afirmou que o governo eleito irá priorizar o tema da infraestrutura, que, de acordo com ela, é um dos pilares da estratégia nacional de desenvolvimento do novo governo.
O presidente da CBIC ressaltou a necessidade da criação de uma secretaria que trate especialmente de assuntos relacionados ao setor construtivo e reiterou a expectativa do segmento em montar uma bancada da construção no Congresso Nacional.