Do império ao Cristianismo
O Templo de Rômulo encanta visitantes por sua arquitetura singular e estado de conservação
Por Renata Caroli sob supervisão de Manu Souza | Fotos: Luca Aless, Victor R. Ruiz, Lienyuan Lee
L ocalizado entre o Templo de Antonino e Faustina e a Basílica de Maxêncio, na Via Sacra do Fórum Romano, em Roma, o Templo de Rômulo, foi construído em honra ao filho do Imperador Majencio, Valerio Rómulo, que após a sua morte em 309 d.C, foi elevado à categoria de um deus pelo povo romano.
O local possui uma arquitetura singular, com sua planta circular composta por tijolos cerâmicos cobertos por uma cúpula e flanqueado por duas salas na abside. A forma original dos templos romanos foi baseada nos etruscos, que são inspirados nos antigos templos gregos. Atualmente, a construção é uma das mais bem preservadas dentro do Fórum Romano.
As Cerimônias religiosas que aconteciam na antiga religião oficial de Roma, eram a céu aberto e não dentro do templo, como acontecem as manifestações religiosas atualmente. As procissões começavam ou terminavam no templo e geralmente aconteciam em homenagem a um objeto de culto que ficava abrigado no templo e era levado para fora apenas durante o momento do culto.
O declínio da religião romana foi gradual e os templos só foram confiscados depois do decreto do imperador Honório, em 415. O templo de Rômulo sobreviveu, relativamente intacto as ações do tempo e só em 527 foi convertido em igreja, passando a abrigar a Igreja Cristã de São Cosme e Damião. Mas, as duas salas laterais praticamente desapareceram e somente as colunas de entrada da sala norte ainda permanecem bem conservadas.