Descobertos por acaso os guerreiros de Xi’an impressionam pela singularidade que cada peça traz representada
Por Manuela Souza | Fotos: Wikipédia
Localizado em Xi’an, a 1.200 km de Pequim, o túmulo do primeiro imperador chinês, Qin Shihuangdi, é tão importante quanto as pirâmides de Giza ou o Taj Mahal. A coleção de esculturas em argila representa os exércitos do imperador e foi enterrada junto ao governante, em 210 a.C., para proteção após a sua morte.
As esculturas foram descobertas em 1974 por agricultores locais, no Distrito de Lintong, em Xi’an, na província de Shaanxi. Após queimar cada figura, ela era coberta com uma camada de laca para aumentar a durabilidade. Além disso, passaram por coloração para aumentar o realismo da aparência das figuras e de suas roupas e equipamentos. Algumas peças ainda mantêm traços da pintura. Todas as peças portam armas reais e acredita-se que foram confeccionadas antes de 228 a.C.Qin Shihuangdi começou a construir seu mausoléu logo que entronado, no ano 246 a.C., com apenas 13 anos de idade, e mais de 700 mil pessoas trabalharam para montar sua majestosa tumba. Os guerreiros formam onze colunas na direção leste. São estátuas de homens, carruagens e cavalos, em tamanho natural, que variam de 1,72 a 2 metros de altura, de acordo com a sua função – os generais são os mais altos – e cada soldado possui uma fisionomia diferente.
Torso, braços e cabeças das esculturas são ocos e mãos e pernas foram moldadas com barro maciço. A expressão facial diferenciada em cada peça proporciona uma aparência realista e mostra a precisão empregada na construção.
Estimativas dão conta que o exército é composto por mais de 8 mil soldados, 130 carruagens com 520 cavalos e 150 cavalos de cavalaria.